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urbis:sobre-projeto [2011/12/20 15:30] regina Projeto |
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+ | Ideia concebida por Fred Ramos em estudo para a Logomarca do Projeto | ||
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+ | {{:urbis:docs:projeto_urbisamazonia_dez_2011.pdf | Você pode fazer DAQUI o download da versão Completa do Projeto}} | ||
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+ | ===== Resumo Ampliado ===== | ||
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+ | A urbanização ocorrida no Brasil a partir da década de 1950 modificou | ||
+ | padrões socioculturais da população do país, independentemente de | ||
+ | sua localização geográfica em cidades ou zonas rurais. Em algumas | ||
+ | partes do território brasileiro, a restrição de acesso a serviços | ||
+ | e possibilidades de consumo fora das cidades foi suplantada através | ||
+ | da capacidade da indústria de constituir demandas de consumo em zonas | ||
+ | rurais sob influência dos centros industriais, formando redes de | ||
+ | distribuição de produtos, que articulam as mais diversas escalas | ||
+ | de aglomeração. Essa estratégia de estruturação do território | ||
+ | redefiniu o urbano. Nesta visão, o urbano se estende a todos os | ||
+ | territórios, produzindo o que Monte-Mór chama de urbanização extensiva. | ||
+ | Uma possibilidade teórico-conceitual que oferece uma chave | ||
+ | para reinterpretação daquilo que levou, ainda em 1995, | ||
+ | a Professora Bertha Becker a cunhar o termo floresta urbanizada. | ||
+ | Ainda assim, muitos anos depois, o fato urbano na Amazônia continua | ||
+ | negligenciado no debate sobre suas possibilidades para um nov | ||
+ | modelo de desenvolvimento ambientalmente responsável e socialmente justo. | ||
+ | A despeito de uma crescente e importante produção técnica na | ||
+ | caracterização do fato urbano, a pouca compreensão da natureza | ||
+ | do fenômeno urbano na Amazônia contemporânea traz como consequência | ||
+ | a sua presença tangencial nas agendas para as políticas públicas | ||
+ | no espaço regional. No entanto, foram os intensos processos | ||
+ | de urbanização das décadas passadas que produziram um grande | ||
+ | conjunto de formas urbanas muito além das cidades e vilas. | ||
+ | Várias outras formas socioespaciais de organização de núcleos | ||
+ | populacionais, que se aninharam em diferentes concentrações | ||
+ | de comércio e serviços espalhadas por todo o espaço regional. | ||
+ | Neste contexto, a infra-estrutura urbana e os serviços sociais | ||
+ | foram estendidos de regiões metropolitanas para os municípios | ||
+ | de médio porte e destes para os de pequeno porte e suas cidades, | ||
+ | vilas e para seus outros arranjos socioespaciais, produzindo uma | ||
+ | reconfiguração no espaço regional com relações que não aderem mais | ||
+ | ao tradicional modelo cidade/campo ou urbano/rural. | ||
+ | Com a logística e a mineração, em particular, aquilo | ||
+ | que Milton Santos chamou do circuito superior da economia urbana, | ||
+ | foi constituído e consolidado. Seus atores e estratégias e | ||
+ | suas estruturas e conexões condicionaram os padrões e os | ||
+ | processos em uma fronteira urbana móvel, caracterizada por | ||
+ | suas relações de conectividade. Estes projetos prescindiam da | ||
+ | compreensão dos circuitos econômicos menores, associados ao | ||
+ | universo urbano em formação e às dinâmicas tradicionais da região. | ||
+ | Este projeto procura abrir diálogos, nas fronteiras entre campos | ||
+ | disciplinares distintos, em busca de qualificar e preencher lacunas | ||
+ | em nossa compreensão da estrutura e funcionamento do fenômeno urbano | ||
+ | na Amazônia contemporânea dentro de um quadro conceitual que aceita | ||
+ | a hipótese da urbanização extensiva, e reconhece como urgente a | ||
+ | articulação entre as agendas econômicas propostas para a região, | ||
+ | as escalas das cidades e aquela das redes de vilas tradicionais, | ||
+ | comunidades, acampamentos e pequenas aglomerações situadas | ||
+ | nas áreas de conversão da floresta. | ||
+ | Neste encontro de várias escalas e de seus circuitos | ||
+ | está a gênese de formação do urbano Amazônico. | ||
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