Recent advances in geostationary satellites for inland and coastal aquatic systems: scientific research and applications

Resumo

Ambientes costeiros e de águas interiores são ecossistemas complexos, compostos por materiais suspensos e dissolvidos que afetam a propagação da luz na coluna d’água. Pesquisas sobre qualidade da água baseadas em satélites dependem das propriedades ópticas da água fornecidas por sensores ópticos a bordo de satélites de órbita polar desde a década de 1980.Especificamente, satélites geoestacionários (GEO) de cor do oceano oferecem alta resolução temporal (observações a cada 15 minutos), resolução espacial moderada (0,5–1 km) em escala regional, tornando-se uma alternativa promissora aos satélites de órbita polar para o monitoramento quase contínuo de ecossistemas aquáticos altamente dinâmicos. Esta revisão de literatura examina a evolução da tecnologia de satélites GEO e suas aplicações no monitoramento de águas costeiras e interiores. Um resumo dos estudos mais relevantes utilizando sensores geoestacionários é apresentado para indicadores-chave de qualidade da água, como clorofila-a e organismos algais, sólidos suspensos totais e turbidez. Além disso, as missões geoestacionárias foram detalhadas, com seus sensores disponíveis e respectivas características. Embora este tema de pesquisa ainda seja incipiente, estudos recentes demonstraram o potencial das observações multiespectrais GEO para compreender padrões subdiários de qualidade da água. Notavelmente, a maioria das pesquisas concentra-se na Ásia, sugerindo oportunidades ainda inexploradas globalmente. Sensores como o Advanced Himawari Imager (AHI) e o Geostationary Ocean Colour Imager (GOCI) têm sido utilizados para aprimorar estimativas da qualidade da água, mas desafios inerentes foram documentados, incluindo validação de algoritmos, resolução espacial limitada e alto volume de imagens e arquivos auxiliares a serem gerenciados. As oportunidades para novos estudos incluem o desenvolvimento de algoritmos para correção atmosférica, mascaramento de nuvens e correções de reflectância bidirecional, além da intercomparação com satélites de órbita síncrona ao Sol. Satélites geoestacionários representam um caminho promissor para pesquisas futuras sobre o monitoramento quase contínuo de recursos hídricos em águas interiores e costeiras.

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