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Biodiversidade pode ser definida pela variabilidade de formas de vida presentes em uma determinada região, expressa pelo total de genes, espécies, ecossistemas e diversidade cultural humana. É urgente contribuir e apoiar as pesquisas que buscam documentar a biodiversidade e desenvolver estratégias e ferramentas para mapear e conservá-la.

A geoinformação e o sensoriamento remoto são ferramentas e fontes de dados essenciais para pesquisas em Biodiversidade.
A modelagem de distribuição de espécies, o mapeamento da distribuição das espécies e da diversidade, a compreensão dos fatores ambientais condicionantes, o estudo de riqueza de espécies, padrões de distribuição da diversidade e indicadores de diversidade, a diversidade filogenética como indicadora de áreas prioritárias para conservação da diversidade e dos processos que a mantém, a modelagem espacial da biodiversidade e os impactos das mudanças climáticas na sua distribuição e manutenção são alguns dos tópicos de interesse.

Nesta linha de pesquisa, os pesquisadores têm se reunido para estimular discussões de tópicos relacionados com a Modelagem da Biodiversidade, promovendo o desenvolvimento do pensamento teórico e da interação entre esta área e outras disciplinas como Ecologia, Biologia, Ciências da Computação, Geografia, Estatística, Geologia, etc. Estes seminários regulares estão registrados em Referata Biodiversa

Para facilitar o uso de variáveis ambientais para a modelagem de distribuição de espécies, organizou-se uma base de dados geográficos, usualmente utilizados em escala regional, de modo a promover o acesso livre aos usuários interessados em exercitar a modelagem tendo o Brasil e Amazônia Legal como recorte geográfico. A esta base demos o nome de AMBDATA – Variáveis Ambientais para Modelagem de Distribuição de Espécies. 

Essa linha de pesquisa tem como foco principal analisar padrões espaço temporais de mudanças de uso e cobertura da terra relacionando-os com processos socioeconômicos e ambientais. Grande parte dos trabalhos desenvolvidos envolvem regiões da Amazônia Legal em que são utilizadas as bases de dados do sistema de monitoramento de florestas produzidas pelo INPE, como o PRODES, DETER, DEGRAD e TERRACLASS.

Embora com menor frequência, outros biomas são contemplados nesses estudos, como a Mata Atlântica e o Cerrado.

Os estudos sobre os padrões espaço-temporais de mudanças do uso da terra são abordados dentro das seguintes linhas:

  • Classificação de padrões espaço temporais de mudanças de uso e cobertura da terra com dados de sensoriamento remoto e com o uso de técnicas de reconhecimento de padrões;

  • Associação de padrões e de processos de mudanças de uso e cobertura da terra com diferentes atores, estágios e históricos de ocupação na Amazônia;

  • Avaliação da mobilidade humana como elemento articulador dos processos de mudança do uso da terra entre localidades, comunidades, fazendas e núcleos urbanos na Amazônia;

  • Análise do distúrbio da paisagem e do uso de recursos extrativistas de origem animal e vegetal pelas populações ribeirinhas e de terra firme da Amazônia;

  • Análise da paisagem e de padrões de uso e cobertura da terra e sua influência nos indicadores de bem estar em comunidades e localidades da Amazônia;

  • Mudanças na estrutura da paisagem e de seus efeitos no processo saúde-ambiente;

  • Detecção e descrição de padrões espaço temporais do desmatamento por corte raso e degradação florestal.


O objetivo desta linha de pesquisa é ampliar o uso de sensoriamento remoto ótico no estudo, na avaliação e no monitoramento de sistemas aquáticos continentais visando o uso sustentável dos recursos hídricos. A pesquisa é fortemente baseada em medidas in situ, realizadas em reservatórios hidrelétricos, em açudes na região nordeste e em lagos da planície de inundação amazônica. Os dados coletados são utilizados para a determinação do estado trófico dos sistemas aquáticos e para calibração e parametrização de modelos bióticos empregados em estimativas dos constituintes da água.

 

Principais atividades de pesquisas:

  • Estudo do efeito da composição da água sobre sua resposta espectral, como subsídio à interpretação de dados de sensores ópticos orbitais.

  • Medidas de propriedades óticas inerentes e aparentes de sistemas aquáticos.

  • Caracterização biótica de reservatórios, açudes e lagos da planície de inundação Amazônica.

  • Parametrização de modelos empíricos e bióticos diretos e inversos para mapeamento dos constituintes de águas interiores.

  • Descrição e interpretação de campos de luz subaquáticos a partir da Teoria de Transferência Radiativa.

  • Mapeamento de Clorofila, Sedimento em suspensão e Matéria orgânica por sensores orbitais.



Esquema conceitual do sensoriamento remoto em sistemas aquáticos.
Fonte: Modificado de IOCCG (2000, p. 9). International Ocean-Colour Coordinating Group. Remote sensing of ocean colour in coastal, and other optically-complex, waters. In: Sathyendranath, S. (ed). Reports of the international ocean-colour coordinating group. Dartmouth, Canada: IOCCG, 2000.

Para conhecer mais sobre sensoriamento remoto em sistemas aquáticos, entre no site do Laboratório de Instrumentação de Sistemas Aquáticos (LabISA).